Dirigentes fazem autocrítica dos sambas-enredos e revelam o que virá para 2017

Antes da festa começar na Cidade do Samba, o SRzd Carnaval ouviu dirigentes e representantes e cada um deles fez uma autocrítica das músicas, assim como revelou como andam as atividades rumo a 2017.

Confira:

Fernando Horta, presidente da Unidos da Tijuca (carnavalescos Mauro Quintaes, Annik Salmon, Marcus Paulo e Élcio Paim): “A Tijuca está fazendo um bom trabalho, pois o samba agradou, foi abraçado pelos componentes e a gente percebe isso nos ensaios de quadra. Mas sabemos que é na Avenida que o samba dirá se vai funcionar ou não. Nossa avaliação é positiva. Tenho ouvido críticas, mas acho que para alguém criticar, fazer uma análise do samba, tem que pelo menos esperar o CD sair e não julgar antes do trabalho ser feito. Tem que frequentar o ensaio técnico da escola para ver o que acontece e aí sim formar sua opinião. A comissão de Carnaval deu certo. É um conjunto formado por pessoas que já eram da escola. Trouxemos Mauro Quintaes para completar. O Paulo Barros fez um grande trabalho e deu títulos à Tijuca, mas nós estamos dando continuidade e está dando certo. A vida continua. Vamos mostrar um desfile ainda melhor em 2017”.

Ney Filardi, presidente da União da Ilha (carnavalesco Severo Luzardo): “Antes de anunciar o samba campeão, ouvimos os departamentos da escola e, aí sim, escolhemos o melhor, o que a comunidade gostou. O enredo também é muito bom e é óbvio que isso facilita o desenvolvimento do desfile. Em pesquisas realizadas pela internet, o samba da Ilha foi considerado um dos melhores. Teve boa avaliação. Isso nos deu ainda mais confiança no que estamos preparando para o ano que vem. “No Dia Nacional do Samba, quero fazer uma saudação a todas as pessoas que se envolvem neste projeto tão bonito. Sabemos da crise econômica que o Brasil vive e também as escolas de samba, mas nossa equipe de Carnaval planejou um desfile à cara da União da Ilha e dentro das possibilidades financeiras de nossa escola”.

Regina Celi, presidente do Salgueiro (carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage): “Minha comunidade abraçou o samba, que tem uma linda letra e com um enredo belíssimo. Quem vai à quadra se emociona ao ver os componentes ensaiando e cantando com emoção e muita garra. Só entende quem é Salgueiro. Nossa harmonia está sendo trabalhada com muito carinho para apresentar um belo desfile. Posso dizer que, além do Salgueiro, gosto muito dos sambas da Imperatriz e da Beija-Flor, que têm belos enredos, mas no geral, todas as escolas apresentaram um belo trabalho. Tudo que é feito com amor dá certo”.

‎Farid Abrahão David‎, presidente da Beija-Flor (carnavalescos – Comissão de Carnaval – Laíla, Fran Sérgio, Victor Santos, André Cezari, Bianca Behrends, Cristiano Bara, Rodrigo Pacheco, Wladimir Morellembaum, Brendo Vieira, Gabriel Mello, Adriane Lins e Léo Mídia): “O Laíla é um grande profissional e está à frente desse trabalho. Temos uma bela gravação no CD e é um dos grandes sambas junto com outros de 2017. Para fazer um bom desfile, é preciso um belo samba e isso nós temos. Temos também consciência do Carnaval que nossa escola vai fazer. Temos um enredo literário, brasileiro e com uma história digna de nota dez. Além da Beija-Flor, considero o samba da Mangueira muito bonito também. Aos poucos, estou ouvindo os sambas de outras escolas e, com o tempo, a gente passa a avaliar melhor e gostar ainda mais de todos”.

Luizinho Drumond, presidente da Imperatriz Leopoldinense (carnavalesco Cahê Rodrigues): “Fizemos uma gravação muito emocionante. Temos um samba lindo, um belo presente de Natal para quem comprar o CD. Temos uma qualidade muito boa e agora vamos ensaiar bastante para que a música também funcione na Marquês de Sapucaí. Quanto às nossas atividades no barracão, posso revelar que estamos bem acelerados. O nosso abre-alas, por exemplo, está quase pronto. Vamos tentar entregar tudo 15 dias antes do desfile. Pretendemos tirar os últimos dias para fazer limpeza e a parte da perfumaria. Apesar da crise, a gente está trabalhando para fazer o dinheiro render”.

Levi Júnior, presidente da Unidos de Vila Isabel (carnavalesco Alex de Souza): “Todos os sambas são bem competitivos, em consequência dos enredos, com bom fundamento e boa história. Isso facilita os compositores. Quanto ao samba na Vila, foi apontado como um dos três melhores do Grupo Especial. Acreditamos que faremos um bom desfile, pois temos um bom enredo e bom samba. Conseguimos ajustar o cronograma no barracão e as atividades estão todas dentro do tempo, algumas até bem adiantadas, apesar de todas as dificuldades que a nossa escola enfrentou”.

Renato Thor, presidente da Paraíso do Tuiuti (carnavalesco Jack Vasconcelos):“Ainda não tive tempo de ouvir todos os sambas do Grupo Especial, mas, no geral, vi que têm muitos sambas de boa qualidade, pois os dirigentes sempre se esforçam muito para dar o melhor às escolas. A apresentação desta noite está sendo um espetáculo e mostra isso, a qualidade do sambas. Quanto à música do Tuiuti, temos uma linda melodia. Sabemos que o samba no ensaio é uma coisa e na Avenida é outra. Vamos aguardar os próximos ensaios técnicos, inclusive na Sapucaí, para uma avaliação melhor. Nossas atividades no barracão estão andando, apesar da crise financeira. Tudo graças a Papai do Céu”.

Luiz Carlos Magalhães, presidente da Portela (carnavalesco Paulo Barros): “Ainda estou ouvindo os sambas e agora, com o CD, vai ficar mais fácil. Em todos os anos, eu sabia todos os sambas na ponta da língua, até mesmo por comentar, mas como agora eu estou na direção da Portela, tenho ouvido pouco. Mangueira, Beija-Flor e Vila têm bons sambas, assim como Mocidade. Quanto ao samba da Portela, acho que está na medida certa, a obra dialoga com os componentes. Tem uma melodia limpa e acreditamos muito que, em breve, estará na boca dos sambistas. Nossas atividades no barracão estão sob controle de Paulo Barros. Tudo está planejado, os recursos estão chegando. Também captaremos recursos pela Lei Rouanet, não vai ser muito, mas vai ajudar. Acredito que não teremos problema. Vai dar para atender ao planejamento de nosso desfile”.

Renato Gomes, presidente da São Clemente (carnavalesca Rosa Magalhães): “Mesmo com crise e com tudo que está acontecendo, acredito que os sambas de enredo serão o ponto alto do Carnaval de 2017. Quanto ao samba da São Clemente, consideramos que ele está entre os cinco melhores deste CD. Sou músico, já toquei na bateria e posso afirmar isso. Também estamos acreditando muito no trabalho da carnavalesca Rosa Magalhães. Está tudo sob controle no barracão”.

Chiquinho da Mangueira, presidente da verde e rosa (carnavalesco Leandro Vieira): “Estou ouvindo os sambas pela primeira vez e a safra é boa demais. Isso é bom para o Carnaval. Quanto ao samba da Mangueira, acho a cara da escola, um samba valente, melodioso, que tem identidade com nossa escola. Nossas atividades no barracão estão caminhando mesmo com a crise. Estamos dentro do que foi planejado”.

Alexandre Louzada, carnavalesco da Mocidade (ao lado de Edson Pereira): “De modo geral, gosto muito de todos os sambas. Tenho meus preferidos. Surpreendi muitos ao afirmar que gosto do samba da Grande Rio, é muito alegre. Disse isso na internet. A Beija-Flor, a União da Ilha, a Vila, a Portela também têm bons sambas. Quanto à Mocidade, o que posso dizer é que teremos uma escola muito rica na Avenida. Estamos dentro do olho do furacão trabalhando muito. Todo mundo está unido por este projeto. Todas as alas têm suas fantasias em reprodução. Até final de dezembro, mais da metade estará pronta. Nosso abre-alas também está adiantado, assim como os carros dois e três. Acredito que 60% do trabalho esteja em andamento”.

Dudu Azevedo, diretor de Carnaval da Grande Rio (carnavalesco Fábio Ricardo): “Posso avaliar o samba da Grande Rio como um samba adequado ao enredo, com boa harmonia. As atividades de desenvolvimento do desfile estão dentro do cronograma. Temos um grande profissional (Fábio Ricardo) à frente dos trabalhos e isso nos dá segurança”.

Em noite de festa na Cidade do Samba, os leitores do SRzd Carnaval puderam acompanhar todas as apresentações através da transmissão ao vivo pelas rádios Arquibancada e Ação. Centenas de pessoas, de várias partes do Brasil, acompanharam, junto com o portal SRzd, inclusive mandando comentários e saudando as equipes envolvidas na transmissão.

*cobertura de Pedro Henrique Leite e Rodrigo Trindade

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