José Armando Vannucci. Foto: Fausto Império

José Armando Vannucci

Jornalista multiplataforma com atuação no rádio, televisão, internet e veículos impressos. Especialista em TV brasileira e com acesso a todas as emissoras do país, em seu trabalho une informação de bastidores com a crítica imparcial sobre o que é exibido pelas TVs abertas e fechadas.

O que vale mais para uma novela? Público gostar ou a crítica amar?

A novela “Haja Coração” chega à sua reta final como um bom exemplo de que sempre é possível contar uma nova história a partir de sucessos do passado.

A trama da “Rede Globo” escrita por Daniel Ortiz resgatou personagens marcantes da obra de Silvio de Abreu e deu uma roupagem nova a cada uma delas, trazendo para os dias atuais criações com mais de 25 anos.

Tancinha, imortalizada por Claudia Raia em 1987, voltou com Mariana Ximenez para garantir o humor em “Haja Coração” e Fedora ganhou um ar moderno com as redes sociais.

O grande destaque ficou mesmo para o romance de Shirlei e Felipe. A menina pobre e manca conquistou o coração do rapaz rico e bonito. Engana-se quem acha que Daniel Ortiz perdeu a mão ao deixar um casal secundário roubar a cena em sua novela.

Os coadjuvantes também são necessários e se crescem é porque foram bem construídos. Em nenhum momento Shirlei e Felipe tiveram mais importância do que Tancinha, Apolo ou Beto. O triângulo principal fez sua parte, assim como os dois personagens que viveram um romance bem conto de fadas. Se tudo funcionou, melhor.

“Haja Coração” cumpriu sua função de levar uma boa história ao telespectador. O humor e romance atenderam completamente às necessidades de quem acompanhou seus capítulos e buscava um entretenimento leve para o início da noite. É isso o que basta para ser sucesso e atingir bons índices de audiência.

Os números provam que, mais do que agradar aos críticos que insistem que os folhetins precisam mudar, novela tem que seguir seu formato e ser interessante para todas as gerações.

Os levantamentos mostram que os jovens se viram na história, assim como os mais velhos acostumados com a estrutura mais tradicional.

E lá se vai mais uma novela.

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