Virada Cultural: Doria não quer aglomerações no centro de SP

Em coletiva de imprensa, André Sturm, que assumirá a Secretaria de Cultura da capital paulista, fez esclarecimentos sobre o futuro da Virada Cultural.

Após o prefeito eleito João Doria anunciar mudanças no evento para o próximo ano, onde suas maiores ações será no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul, diversas manifestações contrárias as novidades divulgadas aconteceram nas redes sociais. Uma petição com quatro mil assinaturas pede para para que se mantenha a Virada Cultural no formato atual.

Na noite de quarta-feira (7), a Câmara dos Vereadores aprovou em primeira votação um projeto de lei que coloca a Virada Cultural como política da cidade, com regras de como ela deve ser realizada, incluindo sua manutenção no centro de São Paulo.

Promovida desde 2005 pela Prefeitura de São Paulo, a Virada Cultural é realizada tradicionalmente no mês de maio na região central, com algumas atividades também acontecendo em bairros mais afastados.

O objetivo da coletiva foi explicar a proposta de mudar os maiores palcos, como os montados tradicionalmente na Júlio Prestes e no Largo do Arouche, para o Autódromo de Interlagos.

De acordo com o futuro secretário, o objetivo da mudança busca evitar grandes aglomerações de pessoas.

“Não fui nessa última Virada pois estava viajando, a data coincidiu com o Festival de Cannes. Mas conversei com meus amigos e eles disseram que desistiram de ir por causas das aglomerações”, afirmou.

Sobre a escolha do Autódromo, Sturn revelou que outras opções foram estudadas e declarou que a realização dos grandes shows no centro teriam “desvirtuado”  justamente a proposta da Virada de ocupar o centro.

“O local foi uma das opções, já que o Estádio do Pacaembu e o Parque do Ibirapuera não podem ser usados. Sobre os shows no centro, a pessoa desce do ônibus, assiste ao show e vai embora. Não é isto que a gente quer. A Virada no centro continuará existindo, porém com outras atividades e em aparelhos que devem ser melhor aproveitados, como o Teatro Municipal e Biblioteca Mário de Andrade”, completou.

Sobre a descentralização, André Sturm afirmou que deseja levar público e programação para as 53 bibliotecas municipais, para as 17 casas de cultura, os 6 centros culturais, dos 10 teatros, dos bosques e pontos de cultura que a cidade tem e mantém por 365 dias ao longo do ano.

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