Piloto fez plano de voo diferente do apresentado pela LaMia

O plano de voo apresentado pela companhia boliviana LaMia,  que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, não foi o mesmo que o piloto seguiu.

Segundo o coronel Freddy Bonilla, secretário de segurança aérea da Colômbia, a LaMia enviou uma autorização de embarque, chancelada pelos órgãos bolivianos, com saída em Cobija, cidade boliviana mais próxima de Medellín, destino final do voo, do que Santa Cruz de la Sierra, de onde o avião Avro Rj85 partiu de fato.

Cobija e Medellín são separadas por 2065km, distância que se adequaria à autonomia da aeronave, que era de cerca de 3000km. O voo, contudo, saiu de Santa Cruz de la Sierra, localizada a aproximadamente 3000km de Medellín.

“Quando o representante da empresa na Colômbia apresentou o pedido de autorização de voo, ele informou que o avião viria de uma cidade chamada Cobija”, disse em entrevista à “Rádio Belgrano”, reproduzida pelo jornal boliviano “El Deber”.

Ainda segundo a entrevista, autoridades colombianas só souberam que o avião estava vindo de Santa Cruz de la Sierra quando o piloto já estava atravessando a fronteira entre os países.

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Depois de sair de Santa Cruz de la Sierra, o avião deveria ter feito uma parada em Cobija para reabastecimento. Desta forma, a aeronave ficaria parada menos de uma hora para o abastecimento, chegando ao destino final com combustível suficiente para pelo menos mais uma hora de voo, como exige a legislação boliviana.

Com a suspeita de voar sem seguir os protocolos de segurança, a  LaMia teve suas operações suspensas menos de 72 horas após o acidente na Colômbia.

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Acidente com avião da LaMia. Foto: Reprodução de Internet
Acidente com avião da LaMia. Foto: Reprodução de Internet

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