Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘Rogue One – Uma História Star Wars’ supera todas as expectativas

Spin-off da saga “Star Wars” é um dos lançamentos mais aguardados do ano (Foto: Divulgação).

Criada por George Lucas em 1977, a franquia “Star Wars”, “Guerra nas Estrelas” aqui no Brasil, conquistou a plateia, transformando-a numa fervorosa legião de fãs. É uma paixão que venceu o teste do tempo e segue cada vez mais forte, ultrapassando gerações. Em meio à ansiedade para o lançamento de “Star Wars: Episódio VIII” (Star Wars: Episode VIII – 2017), chega aos cinemas o spin-off da saga, “Rogue One – Uma História Star Wars” (Rogue One: A Star Wars Story – 2016). Mantendo o nível de qualidade da franquia, o longa é uma das estreias desta quinta-feira, dia 15.

 

Filme é ambientado entre os episódios III e IV (Foto: Divulgação).
Filme é ambientado entre os episódios III e IV (Foto: Divulgação).

Sob a firme direção de Gareth Edwards, de “Godzilla” (Idem – 2014), o filme é ambientado antes dos acontecimentos de “Guerra nas Estrelas” (Star Wars – 1977) e mostra a jovem Jyn Erso (Felicity Jones), filha do cientista responsável pela criação da Estrela da Morte, lutando ao lado da Aliança Rebelde contra o Império.

 

“Rogue One – Uma História Star Wars” começa num ritmo mais lento para apresentar a história pregressa da protagonista e como ela se juntou à Aliança, mas engrena próximo à sua metade, tornando-se um filme de ação vigoroso e que permite ao espectador a contemplação de seu belíssimo visual, não apenas no que tange aos efeitos visuais, mas também à sua fotografia, cenários, figurinos e maquiagem.

 

Com uma trama sombria que tem como ponto de partida o drama de uma família dividida por causa do Império, o longa vai além da ação e ficção-científica ao levar para as telas o cenário e a dinâmica inerentes a uma guerra de grandes proporções. Isto pode ser exemplificado pelas sequências que retratam a destruição de Jedha, a cidade sagrada dos Jedis, que remetem às várias cidades assoladas pelos conflitos no Oriente Médio, tanto pelos cenários quanto pelos figurinos – alguns remetem imediatamente às burcas. Há ainda uma referência clara à Segunda Guerra Mundial, e aos campos nazistas, quando Jyn é levada para Wodani, um campo de trabalhos forçados do Império.

 

Darth Vader mostra todo o seu poder em três cenas capazes de levar os fãs ao delírio (Foto: Divulgação).
Darth Vader mostra todo o seu poder em três cenas capazes de levar os fãs ao delírio (Foto: Divulgação).

 

 

 

Mesmo não sendo o objetivo principal de sua trama, “Rogue One – Uma História Star Wars” chama a atenção por mostrar um Darth Vader (voz de James Earl Jones) como uma figura em ascensão dentro do Império, porém, extremamente poderoso e já temido por seus subordinados. Um dos maiores vilões de todos os tempos, Vader tem apenas três cenas que condensam com perfeição todo o poder visto na trilogia original.

 

A produção deixa a desejar um pouco com seu elenco, principalmente em relação à sua protagonista. Felicity Jones está à vontade no papel, mas lhe faltam a força cênica e o carisma que fizeram a plateia cair de amores por Daisy Ridley, a Rey de “Star Wars – O Despertar da Força” (Star Wars – The Force Awakens – 2015), há um ano. O mesmo acontece com Diego Luna (Cassian Andor), o que permite com que um coadjuvante roube a cena: Donnie Yen (Chirrut Îmwe). O ator chinês, mestre em artes marciais, que emigrou para Boston aos 11 anos de idade, ofusca todos os seus colegas ao dar vida a um Jedi deficiente visual, mas com a Força de grandes mestres, repetindo como um mantra: “estou unido à Força e a Força está comigo”.

 

“Rogue One – Uma História Star Wars” é uma ponte interessante e necessária entre “Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith” (Star Wars: Episode III – Revenge of the Sith – 2005) e “Guerra nas Estrelas”. Repleto de referências e participações especialíssimas de personagens muito queridos pelos fãs, o longa supera as expectativas e mantém o nível de qualidade da franquia, reverenciando, acima de tudo, a trilogia original.

 

Assista ao trailer oficial:

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