Carnavalesco da Imperatriz visita Parque Nacional do Xingu

A Imperatriz Leopoldinense levará para a Marquês de Sapucaí em 2017 uma homenagem ao índio Xingu para comemorar os 55 anos de fundação do Parque Nacional Xingu, idealizado pelos irmãos Villas-Bôas e com o projeto redigido pelo antropólogo Darcy Ribeiro. Ambos serão lembrados  no desfile da verde e branco de Ramos.

O parque tem cerca de 27 mil quilômetros quadrados e está situado no norte do estado de Mato Grosso, entre o Planalto Central e a Floresta Amazônica. Atualmente, contém cerca de 5 mil índios de 16 etnias.

“Xingu – O clamor que vem da floresta” é de autoria e desenvolvimento do carnavalesco Cahe Rodrigues. O enredo pretende passar uma mensagem de preservação e respeito por esses povos.

“Terra de índio! Solo sagrado! Povo kuikuro, momento único! Sou grato a Deus por permitir viver esse momento incrível na minha vida. Conversar, tocar, sentir e conviver com um povo que venho pesquisando há alguns meses. Pisar em solo sagrado, sentir a energia desse povo, dormir em uma oca, comer a sua comida foi simplesmente fantástico!”, publicou o carnavalesco em sua página no Facebook.

Foto: Arquivo Pessoal
Carnavalesco acompanhado de índios kuikurus. Foto: Arquivo Pessoal

Em entrevista exclusiva ao SRzd Carnaval, Cahe disse que o objetivo de sua viagem ao parque era conversar com as lideranças do Xingu:

“A minha ida pra lá foi para fazer um convite oficial, dar uma satisfação às lideranças do Xingu sobre o enredo, explanar para eles a intenção da escola em homenagear o Parque Indígena do Xingu, os 55 anos do Parque”, frisou.

O artista contou que se reuniu com representantes da Funai para explicar o intuito da escola em homenagear os índios e disse ter passado uma noite na oca dos Kuikurus:

“Quando cheguei a Canarana, tive uma reunião com representantes da Funai e da ATIX, uma organização que cuida dos direitos e interesses dos Xingu. De Canarana, eu parti para a aldeia de Kuikurus, no Xingu. Passei uma noite na aldeia com eles. No dia seguinte, me reuni com os kuikurus, que é uma das 16 etnias do Xingu”.

Cahe Rodrigues com os índios Kuikurus. Foto: Arquivo Pessoal
Cahe Rodrigues com os índios Kuikurus. Foto: Arquivo Pessoal
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Cahe Rodrigues com índios Kuikurus. Foto: Arquivo Pessoal

Perguntado sobre o motivo da escolha em visitar a aldeia dos Cuicurus, Cahe explicou que foi por causa de transporte e acesso. Segundo o carnavalesco, a Imperatriz já inicia o processo para trazer as lideranças xinguanas para o desfile:

“Fui para a aldeia dos kuikurus, porque é a aldeia mais próxima de Canarana e você tem acesso de carro. Passei três dias no estado, foi muito proveitosa a viagem. Conversei com o Pajé Sapain, que é um dos pajés mais respeitados do Xingu, e todos estão muito animados e felizes. No dia 8 de dezembro, todos se reunirão para conversar sobre a homenagem da Imperatriz e a partir de agora estamos pensando na logística para trazê-los pro desfile”, contou.

Em 2017, a “Rainha de Ramos” será a terceira escola a desfilar no domingo de Carnaval.

 

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