Mercado imobiliário sofre com política econômica do Governo Temer

Os indicadores divulgados ontem por entidades de classe ligadas ao setor de construção imobiliária reforçam o cenário de baixo nível de atividade. As vendas de imóveis na cidade de São Paulo somaram 1.717 unidades em setembro, o equivalente a um recuo de 18,5% em relação a agosto, segundo dados divulgados ontem pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e dessazonalizados pelo Depec-Bradesco.

Além disso, os lançamentos alcançaram 2.165 imóveis, conforme pesquisa da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), apontando para alta de 12,6% na margem, na série livre de efeitos sazonais. Com isso, os estoques atingiram 24.426 mil unidades em setembro, uma alta de 0,5% ante agosto, na mesma base de comparação.

No mesmo sentido, o Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI) registrou recuo de 2% na passagem de setembro para outubro, na série livre de efeitos sazonais, conforme o Monitor da Construção Civil (MCC), elaborado pela consultoria Tendências em parceria com a Criactive e dessazonalizados pelo Depec-Bradesco. No mesmo período, as vendas de cimento somaram 4,6 milhões de toneladas, o equivalente a uma variação negativa de 2,3% na margem, segundo dados divulgados ontem pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e dessazonalizados pelo Depec-Bradesco.

Na comparação interanual, o recuo foi de 15,4% do IACI e de 16,7% das vendas de cimento. Para os próximos meses, acreditamos que o mercado imobiliário continuará com fraco desempenho, ainda que as vendas e os lançamentos possam melhorar gradualmente, em função da retomada esperada para a economia no ano que vem e do ajuste em curso dos estoques do setor.

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